Fornecer informações para avaliações comerciais por meio de insights sobre propriedade intelectual
Em 2021, o valor das fusões e aquisições (M&As) globalmente aumentou de forma drástica, ultrapassando U$ 5 trilhões pela primeira vez na história. Com os negócios em alta, é evidente que as empresas continuam com um enorme apetite para agregar valor comercial a seus portfólios por meio de fusões e aquisições.
Não é de admirar, pois as fusões e aquisições podem ser empreendimentos comerciais extremamente bem-sucedidos e lucrativos. Mas, embora a ânsia por fusões e aquisições não mostre sinais de que vá diminuir, os processos que sustentam esses acordos, ou seja, a due diligence de propriedade intelectual (PI), nem sempre acompanham o cenário de inovação em evolução.
O aumento dos ativos intangíveis na due diligence de PI
No centro do problema está a mudança do mercado global para uma economia desmaterializada. De acordo com o estudo de 2020 do Ocean Tomo (um banco comercial de propriedade intelectual), os ativos intangíveis agora representam aproximadamente 90% dos componentes do valor de mercado do S&P 500, uma reversão completa da situação de apenas 50 anos atrás, quando somente 17% consistiam em ativos intangíveis. E, compreensivelmente, os ativos intangíveis são mais difíceis de rastrear, quantificar e avaliar com precisão, o que aumenta o risco de erros.
Além disso, a prática de diligência prévia de PI no processo de M&A ainda é realizada após o fechamento dos cronogramas ou da entrega de uma carta de intenção de compra. No entanto, em uma economia desmaterializada, essa metodologia impõe restrições de tempo desnecessárias a um processo complexo, o que aumenta a carga dos advogados de M&A e aumenta os riscos de erros sem assessoria de terceiros.
Como mitigar o risco da diligência prévia?
A resposta está na integração de especialistas em PI e soluções digitais ao ciclo de diligência prévia desde o início do processo de M&A. Dessa forma, uma empresa pode garantir que nenhum detalhe fique de lado na avaliação final de uma empresa. Afinal, quando um elemento de PI fica perdido durante a diligência prévia, o erro pode sair caro.
Erros na diligência prévia de propriedade intelectual custam caro
“Fazer negócios é glamoroso; a diligência prévia não… Essa simples declaração ajuda muito a explicar por que tantas empresas fizeram tantas aquisições, que produziram tão pouco valor,” – The Secret of Great Diligence
Uma vez que a alta administração tenha se voltado para uma empresa-alvo, começa o momento de fechamento de cronogramas e das cartas de intenção. Esse momento pode ser um propulsor fervoroso que induz à confirmação, que é quando informações que entrem em conflito com uma crença estabelecida são frequentemente desconsideradas. A falha em manter a objetividade durante um processo de M&A tem levado empresas a cometer erros imensos e caros na diligência prévia de PI.
Um exemplo emblemático é a compra pela Apple da patente da tecnologia de tela do iPad de uma empresa taiwanesa chamada Proview Electronics (uma divisão da Proview International Holdings) em 2006. O acordo parecia bom demais para ser verdade, com a Apple comprando a marca global por apenas US$ 55.104.
No entanto, apenas quatro anos depois que se soube que a "marca registrada global" que a Apple havia adquirido para o iPad tecnicamente não incluía a China. Essa distração durante a diligência prévia de PI da Apple levou a Proview International Holdings a processar a Apple por violação de marca registrada por vender o iPad ilegalmente em territórios chineses. A Apple finalmente resolveu a disputa legal em 2012, pagando US$ 60 milhões.
Na indústria farmacêutica, as águas da diligência prévia de PI podem ser ainda mais turvas. Isso se deve ao alto nível de critérios regulatórios que as empresas devem atender antes que um medicamento chegue ao mercado – descoberta/conceito, pesquisa pré-clínica, pesquisa clínica, revisão do FDA (Food and Drug Administration) e monitoramento da segurança pós-comercialização pelo FDA. Além das complexidades do processo de patenteamento da molécula, que só protege o investimento do desenvolvedor por um período de 20 anos, antes que empresas rivais possam produzir uma versão genérica do composto e concorrer com elas de maneira legal.
Por exemplo, em 2014 a Merck & Co. anunciou um acordo de US$ 8,4 bilhões para comprar a Cubist Pharmaceuticals, focada em antibióticos, com base na força de seu antibiótico mais vendido, o Cubicin. Usado principalmente para tratar infecções bacterianas da pele e do sangue, o medicamento gerou US$ 700 milhões em vendas durante os primeiros nove meses de 2014.
No entanto, poucas horas após o anúncio da fusão, um tribunal dos EUA invalidou as principais patentes do medicamento. A Merck pagou um sobre preço de cerca de US$ 2 a US$ 3 bilhões, segundo analistas. De fato, as vendas de Cubicin cairiam nos cinco anos seguintes, caindo para apenas US$ 207 milhões nos primeiros nove meses de 2019, devido em grande parte à concorrência de genéricos que se seguiu à decisão.
Os benefícios de integrar experiência especializada na diligência prévia de PI
Reservas de valor ocultas, ou armadilhas ocultas, às vezes passam despercebidas por advogados de transações de fusões e aquisições que, embora sejam especialistas na área de contratos, possivelmente não têm as ferramentas sofisticadas necessárias para realizar uma diligência prévia de PI verdadeiramente abrangente em meio à 4ª revolução Industrial.
Especialistas em patentes podem mitigar esses riscos. As soluções de patentes do CAS combinam conteúdo científico e de PI incomparáveis, tecnologia especializada e experiência humana inigualável que pode apoiar a diligência prévia de PI. Essas soluções podem ajudar a:
- Identificar possíveis obstáculos legais às patentes
- Avaliar de forma mais abrangente o estado da técnica e reconhecer os riscos de patenteabilidade/execução
- Garantir que a propriedade de PI seja conhecida, articulada e transferível de forma clara
- Apoiar uma pesquisa robusta de diligência prévia de PI, com análises para orientar iniciativas de crescimento e colaboração com a equipe de especialistas do CAS que ajudam a preencher as lacunas
A tecnologia sofisticada e a experiência humana especializada por trás das soluções como o STN IP Protection Suite™ tornam as tornar as pesquisas de diligência prévia mais abrangentes. Isso minimiza o risco e permite que as empresas tomem decisões de negócios inteligentes e orientadas por dados com maior confiança.
Conte com o apoio dos especialistas em propriedade intelectual
Durante a 4ª revolução, na qual a maior parte do verdadeiro valor de uma empresa está nos ativos intangíveis, é mais vital do que nunca dar o tempo e a experiência necessários à diligência prévia de PI. E dado que as empresas estão mais propensas do que nunca a entrar em M&As intersetoriais, que aumentam 10% desde 2012, o portfólio de patentes de uma empresa-alvo pode estar cada vez mais fora do campo do comprador. Nesses casos, o conhecimento externo é uma abordagem de negócios sólida, que agrega objetividade e foco direcionados a setores desconhecidos.
De fato, ao se apoiar em especialistas externos, a empresa pode minimizar os riscos, obter uma maior compreensão da empresa que está comprando e obter uma avaliação real, garantindo que a fusão e a aquisição sejam planejadas e representem um valor real pelo dinheiro desembolsado.
O STN IP Protection Suite permite uma pesquisa poderosa e precisa no amplo banco de dados de conteúdo científico e de patentes do CAS. Os usuários podem, de forma confidencial, encontrar conexões, avaliar sobreposições e riscos e obter os insights de qualidade necessários para tomar decisões mais inteligentes e orientadas por dados.